Doleiro Preso

Youssef quer anular provas da Lava Jato e pede liberdade

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Os advogados do doleiro Alberto Youssef protocolaram na tarde de quarta-feira (28) pedido de anulação de todas as provas colhidas na Operação Lava Jato. A operação foi deflagrada em março deste ano e revelou esquema de lavagem de dinheiro, supostamente chefiado por Youssef, que teria movimentado R$ 10 bilhões. A Polícia Federal já ligou ao esquema pelo menos sete deputados e um senador. A documentação está na mesa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki.

A defesa do doleiro tenta alvejar o juiz federal Sérgio Moro, conhecido por ser linha dura no combate à corrupção. O pedido encaminhado a Zavascki é assinado pelo advogado Antonio Figueiredo Basto e pede, além da nulidade absoluta das provas, a libertação de Youssef.

A defesa sustenta que, em maio de 2010, Moro se declarou suspeito para atuar numa ação que trata da delação premiada concedida a Youssef, para que colaborasse com a Justiça em outros fatos criminosos apurados pela Polícia Federal. Na ocasião, a discordância da Polícia Federal e do Ministério Público Federal sobre termos da delação levou Sérgio Moro, responsável pela concessão do benefício ao doleiro, a alegar ?motivo de foro íntimo? para declarar-se ?suspeito? de atuar no caso.

Os advogados de Youssef  ainda alegam que o acordo de delação faz parte da origem das investigações da Operação Lava-Jato e sustentam que Moro, por declarar-se suspeito, não poderia mais ter atuado em nenhum dos casos investigados pela operação contra o doleiro.

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