Crise hídrica

Vice de SP minimiza indicação de rodízio de 5 dias sem água

O vice-governador de são Paulo classificou como técnica a opinião do diretor da Sabesp, que falou do possível rodízio de 5 dias sem água e 2 com

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O vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), disse na manhã desta quinta-feira, 29, que o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, deu sua opinião de técnico ao falar da possibilidade de um rodízio de água com cinco dias de fornecimento para dois sem. “Ele é um bom técnico, respeitado por todos nós, e ele como técnico tem obrigação de falar ‘olha, eu acho, minha opinião é esta’, e foi o que ele falou. Agora se haverá ou não (racionamento) é uma decisão que cabe ao governador, ao secretário do Estado (de Recursos Hídricos)”, disse França a jornalistas ao sair de um evento promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na capital paulista.

O vice-governador atribuiu a fala de Massato à habilidade dos jornalistas na hora de fazer entrevista e disse que tal mensagem não foi passada pelo próprio governador porque Alckmin não concorda com a antecipação do anúncio de rodízio. “O Alckmin não concorda com esse formato antecipado. É como dizer pra uma criança que ela vai morrer. Todo mundo sabe que todo mundo vai morrer, mas você não vai falar isso antecipadamente.Não tem sentido falar sem ter a data.”

Pessoalmente, França disse não achar que o racionamento seja “inevitável”. “Vi, por exemplo, que, nessa semana, em dois dias de muita chuva, uma das represas subiu 5 pontos. Não sou especialista, mas parece ser uma coisa imponderável”, argumentou, em referência ao sistema Guarapiranga, que chegou nesta quarta-feira, 28, a 47,4% de sua capacidade. Sobre a possibilidade de haver racionamento em abril, colocada em reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o vice-governador afirmou que é uma hipótese para caso as chuvas não ajudem até lá.

França disse não ter tido tempo de falar com o governador sobre a reunião que ele tem amanhã com a presidente Dilma Rousseff (PT) sobre crise hídrica, por motivo de falecimento na família de Alckmin. O governador está em Pindamonhangaba para acompanhar o velório de “Nhá”, a ex-babá Maria Aparecida que foi sua mãe de criação e que morreu nesta quarta-feira. O vice-governador disse, no entanto, que a pauta do encontro com a presidente deve girar em torno de pedidos de ajuda financeira e integração dos governos federal e estadual no enfrentamento da crise.

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