O doleiro e outros

Ministro do Supremo manda soltar 12 presos na ‘Lava Jato’

Teori Zavascki também suspende investigações e requisita todo processo

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Lobistas, empreiteiras, políticos e integrantes do governo federal estão em festa: o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki  determinou há pouco a soltura imediata de todos os presos da Operação Lava Jato e solicitou que a Justiça Federal do Paraná envie ao Supremo todos os inquéritos e processos relativos à operação da Polícia Federal, incluindo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que ameaçava “abrir a boca” e contar tudo o que sabe, e os doleiros Alberto Youssef e Carlos Habib Chater.

O primeiro a ser solto foi o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. O advogado de Costa, Fernando Augusto Fernandes, foi quem questionou o STF se, em razão do envolvimento de deputados no caso, a Justiça Federal do Paraná tinha competência para determinar a prisão dele e tomar decisões no processo.

Segundo o despacho do ministro, ficam suspensas as investigações e ações penais em andamento, assim como os mandados de prisão expedidos. A justificativa de Zavascki é que o envolvimento de pelo menos dois deputados federais nas investigações (André Vargas, ex-PT-PR e Luiz Argôlo, do SDD-BA) força que o processo seja conduzido pelo STF.

O juiz Sérgio Moro questionou a decisão de Zavascki. O magistrado quer saber se a decisão vale de fato para todos os acusados ou apenas para Costa. “A fim de evitar erros de interpretação da referida decisão, oficie-se, com urgência e por fax, ao gabinete do ministro Teori Zavascki solicitando, com urgência, esclarecimentos do alcance da aludida decisão”.

Apesar de ter soltado os suspeitos de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, Zavascki proibiu que eles deixem as comarcas onde residem. O magistrado também determinou que todos os presos entreguem seus passaportes em 24 horas.  Nelma Kodama, Alberto Youssef, Lucas Bace Junior, Carlos Alberto Pereira Costa e Raul Henrique Srour permanecem presos na sede da PF, em Curitiba. Rene Luiz Pereira, André Cato de Miranda, Faissal Mohamed, Carlos Habib Chater e André Luis Paula Dos Santos estão na Casa de Custódia de Piraquara

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