Almoço em São Paulo

Após criticar economia, Lula tenta acalmar empresariado

Ex-presidente defendeu política econômica de Dilma Rousseff

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou um almoço promovido pela Eurocâmaras e Câmara de Comércio França-Brasil de São Paulo, nesta terça-feira (24), para apagar um incêndio que ele mesmo começou. Com uma plateia repleta de empresários, Lula saiu em defesa da política econômica de Dilma Rousseff (PT), outrora criticada pelo ex-presidente.

O petista ressaltou o comprometimento do governo com uma política fiscal austera e com inflação dentro da meta, em seu discurso disse que ?levantar dúvidas sobre a seriedade fiscal do Brasil não tem procedência?, disse ainda que ?há muita gente com má-fé com o Brasil?. Lula ainda aproveitou para defender que há estabilidade para investimento no País.

Empresários reagiram mal a um discurso recente de Lula, em evento em Porto Alegre, no qual ele criticou publicamente o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, defendendo que o governo deveria liberar mais crédito e gastar mais.

Parte do empresariado pensa o contrário: para eles, um dos problemas da gestão Dilma foi exatamente não segurar os gastos, o que pressionou a inflação.

Após o fogo amigo, Lula assistiu a debandada de empresários rumo aos candidatos da oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Neves e Campos têm almoços e jantares frequentes com o setor, os eventos servem como palanque para atacar Dilma.

Lula tentou afastar o clima de desconfiança, afirmou que o empresariado nunca ganhou tanto dinheiro quanto nos 12 anos de governo petista. Para o ex-presidente, é possível ter expansão sem fragilizar a economia. “Na Europa, tem países em que o crédito é 100% do PIB, nós só chegamos aos 56% e tem gente que fala que vai surgir uma bolha. Não há sinais de que vai ter uma bolha”.

 

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