Parlamento europeu

Governistas vencem na Espanha e perdem em Portugal

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O governista Partido Popular da Espanha derrotou seu principal adversário – o Partido Socialista – na corrida para o Parlamento Europeu, mas ambos perderam terreno para partidos menores. O cenário é a capitalização do descontentamento em relação à economia em dificuldades e aos escândalos de corrupção.

Com 98% dos votos contados, o Partido Popular obteve 26% e 16 das 54 cadeiras espanholas do Parlamento Europeu, segundo números oficiais. Os socialistas obtiveram 23% dos votos e 14 assentos.

Ambos os partidos, que dominaram o cenário político espanhol por mais de três décadas, apresentaram performance bem pior do que nas eleições europeias anteriores, em 2009, quando, juntos, eles conquistaram 47 cadeiras e cerca de 80% dos votos.

Outros oito partidos, incluindo os separatistas catalãs, centristas e de extrema esquerda, vão dividir as 24 cadeiras restantes do Parlamento Europeu.

Em Portugal, o principal partido socialista de oposição emergiu como o mais forte nas eleições para o Parlamento Europeu, com entre 32% e 36% dos votos, segundo uma pesquisa de boca de urna. O levantamento também mostrou que os partidos da coalizão de governo – o Partido Social Democrata de centro-direita e o Centro Democrático Social – terão entre 25% e 29% dos votos.

A vitória do Partido Socialista era amplamente esperada, uma vez que a coalizão de governo impôs um rígido programa de austeridade em troca de um pacote de resgate de 78 bilhões de euros. Apesar de o resgate ter chegado ao fim na semana passada, o governo prometeu continuar com medidas para reduzir seu déficit orçamentário e combater o alto nível da dívida pública.

Os socialistas devem obter oito ou nove das 21 cadeiras portuguesas no Parlamento, segundo as projeções. O Partido Comunista, que defende a saída de Portugal da zona do euro, deve obter três assentos, ante dois em 2009.

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