Mensaleiro em cana

Foragido, Pizzolato é preso na Itália com passaporte falso

Foragido, Pizzolato portava passaporte italiano falso, do irmão falecido

acessibilidade:

A polícia italiana prendeu o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que estava foragido desde novembro do ano passado, após receber a condenação do mensalão. Pizzolato fugiu para a Itália por ter dupla cidadania, o que impede a sua extradição.

No entanto, imaginava-se que Pizzolato teria conseguido seu passaporte italiano, mas as informações são de que ele usaria o passaporte que pertencia ao irmão Celso, já falecido. A prisão teria ocorrido na cidade de Maranello, na região da Emília-Romanha, ao norte da Itália.

A Polícia Federal ainda não comentou o caso. Condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Pizzolato foi o único dos mensaleiros a fugir.

Esta é a chance de a Itália se vingar do processo que enfrentou com o Brasil ao pedir a extradição de Cesare Battisti, que apesar de condenado por terrorismo pela Itália em 1987, ganhou direito de viver tranquilamente no Brasil.

Battisti fugiu para o Brasil para evitar ser extraditado da França, onde morava. Em 2007 o governo da Itália apresentou o pedido de extradição, seguindo-se a prisão preventiva de Battisti. Em 2009, o Supremo Tribunal Federal autorizou a extradição, mas como extradição é feita mediante decreto, a decisão final é do presidente da República. Battisti permaneceu preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília até dezembro de 2010.

Em 31 de dezembro, mediante nota divulgada pelo Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que decidira não conceder a extradição do ex-militante italiano.10 A decisão teve grande destaque nos meios de comunicação italianos, e foi duramente criticada pela imprensa e pelo governo do país, que anunciou a convocação do seu embaixador em Brasília. Em 8 de junho de 2011, o Supremo Tribunal Federal finalmente decidiu, por 6 votos a 3, pela libertação de Battisti.

Reportar Erro