CUT perde representatividade na gestão de Dilma

A presidenta Dilma Rousseff (PT) recebeu ontem (31), oficialmente, o apoio da Central única dos Trabalhadores (CUT) à sua campanha pela reeleição. A má notícia para a petista é que houve uma debandada de filiados durante seu mandato presidencial.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho, no término do mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a CUT tinha um índice de representatividade de 38,3% – a taxa representa o número de sindicatos e trabalhadores filiados. Durante a gestão de Dilma, o índice encolheu para 34,4%.

O presidente da CUT em São Paulo, Adi dos Santos, diz que há um rearranjo nos movimentos sindical, com muitos sindicatos buscando facilidades. ?Na CUT não é assim. Aqui há concepção política e de luta. Não estamos preocupados com essa queda no número de sindicatos, porque nosso foco é com os trabalhadores, que precisam de sindicatos sérios. Por isso estamos com Dilma”, disse o sindicalista.

A Força Sindical também perdeu representatividade, caiu de 14,1% para 12,6%. Nas eleições deste ano, o movimento vai apoiar a chapa do candidato a Presidência Aécio Neves (PSDB).

Na contramão da CUT e da Força Sindical, a central que mais cresceu foi a União Geral de Trabalhadores (UGT), ligada ao PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab. No mesmo período, ela saiu de 7,9% para 11,9%.