Petrolão

Câmara pede proteção policial à ex-gerente da Petrobras

Solicitação foi encaminhada a pedido da liderança do DEM

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A pedido do DEM, a Câmara dos Deputados enviou nesta sexta-feira, 12, ao Ministério da Justiça pedido de proteção policial para a ex-gerente executiva da Petrobras Venina Velosa da Fonseca, subordinada ao ex-diretor Paulo Roberto Costa, um dos presos pela Operação Lava Jato. O pedido de proteção se estende à família de Venina. A ex-funcionária, segundo o jornal Valor Econômico, denunciou aos diretores da estatal, em 2009 e 2012, inclusive à presidente Graça Foster, que havia desvio de dinheiro em contratos e licitações. 

No ofício, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) ressalta que Venina, após ter advertido a cúpula da estatal sobre irregularidades, foi transferida de país e acabou demitida. Caiado diz ainda que a ex-gerente se posicionou ?de forma corajosa? ao apontar as irregularidades na estatal e que, por isso, sofreu ?retaliações profissionais e ameaças à sua vida e a de sua família?.

Apesar das advertências, a direção da empresa não teria agido para conter a gatunagem bilionária e ainda destituiu de seus cargos os executivos que tentaram barrar o esquema de corrupção.

A Petrobras desmente que não tomou providências. Em nota, informou que instaurou comissões internas em 2008 e 2009 para averiguar indícios de irregularidades em contratos e pagamentos efetuados pela gerência de Comunicação do Abastecimento. Segundo a estatal, o ex-gerente da área, Geovanne de Morais, foi demitido “por justa causa”, em 3 de abril de 2009, “por desrespeito aos procedimentos de contratação da companhia”.

Não há nenhuma obrigação formal de o pedido da Câmara para segurança de Venina ser cumprido. No entanto, o pedido tem peso político.

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