Petrolão

Fortuna de US$ 26 mi de Costa na Suíça será devolvida ao Brasil

Com decisão da Justiça suíça, valor desviado no Petrolão é maior que todo valor já repatriado pelo Brasil em casos de corrupção

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A Suíça autorizou o repatriamento de cerda de US$ 26 milhões que estavam nas contas do ex-diretor Paulo Roberto Costa naquele país. Esse foi um dos resultados da reunião entre uma delegação de procuradores brasileiros e o Ministério Público na Suíça, o dinheiro não tem ainda data para chegar ao Brasil, mas o sinal verde já foi dado pelos suíços.

O volume repatriado será superior a todo o dinheiro que o Brasil já repatriou em vários casos de corrupção. Juntando os escândalos de contas no exterior, o Brasil conseguiu reaver R$ 45 milhões, desta vez, a única transferência será superior. O próprio Costa admitiu, em seu acordo de delação premiada com o MPF, que a quantia que mantinha nas contas do país era decorrente de atividades ilícitas

A Justiça suíça colocou condições para a devolução do dinheiro bloqueado em nome do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. Os mais de US$ 23 milhões estão congelados desde abril em cinco contas na Suíça e os operadores do esquema da Petrobrás estão sendo investigados por lavagem de dinheiro pelo Ministério Público do país europeu. O Brasil, para ter o dinheiro de volta, teve de dar garantias de que os recursos não retornarão ao suspeito e nem a outras empresas ou pessoas, ficando exclusivamente para o Estado.

Nesta semana, uma delegação de procuradores brasileiros que trabalham na Operação Lava-Jato está em Lausanne revisando documentos e movimentações bancárias colhidas pela Justiça suíça. O acesso aos documentos ocorreu nos escritórios do Ministério Público suíço e continuará nesta quarta, 26.

Os suíços exigiu garantias de que, apesar do acordo com Costa, ele não se beneficiará de nenhuma parte da fortuna. Os suíços também pediram garantias de que o dinheiro não será distribuído a outras pessoas ou empresas, mesmo que tenham sido vítimas no processo. O Ministério Público suíço demandou, acima de tudo, uma confirmação de que apenas o Estado brasileiro vai administrar a fortuna repatriada.

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