Desespero

Lava Jato: Lindbergh pede à PGR para acelerar denúncias

Senador se desbancou do Rio até Brasília para pedir celeridade no caso e negar participação no Petrolão

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Citado na lista de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) se desbancou do Rio de Janeiro até Brasília nesta sexta-feira, 19, para protocolar na Procuradoria-Geral da República (PGR) ofício em que pede ao procurador-geral Rodrigo Janot celeridade na apresentação de inquéritos ou denúncias do Petrolão. Segundo o parlamentar fluminense, a intensão é separar “joio do trigo?.

O jornal O Estado de S. Paulo revelou nesta sexta 28 nomes de políticos citados por Costa que teriam recebido propina do esquema de corrupção envolvendo a Petrobras. Lindbergh negou que tenha recebido propina, e disse que foi citado porque se reuniu três vezes com o ex-diretor de Abastecimento da estatal em janeiro deste ano para conversar sobre doações para sua campanha a governador do Rio de Janeiro.

?Além de ilegal, eu acho uma irresponsabilidade você vazar nomes de uma delação premiada juntando no mesmo grupo políticos que são acusados de corrupção e outros que foram apenas citados. Eu tive meu nome citado pelo Paulo Roberto em relação à campanha de 2014, nenhum envolvimento com nada de corrupção. Juntaram tudo de uma forma que vai trazer um desgaste político muito grande?, protestou o parlamentar.

O senador garantiu ainda que não sabia do envolvimento de Costa com irregularidades na Petrobras à época das reuniões, em janeiro. ?Ele já estava fora da Petrobras há muito tempo e foi discutir sobre nosso programa de governo para a área de petróleo e gás para a economia fluminense?, explicou. ?Numa dessas reuniões, a gente discutiu como ele poderia conversar com algumas empresas para fazer doações legais para nossa campanha. Aquilo não se concretizou porque ele foi preso?, completou o senador.

Até o momento, nenhum político foi denunciado pelo Ministério Público Federal à Justiça. O plano de rodrigo Janot é pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquéritos ou apresentar denúncias contra políticos envolvidos somente em fevereiro de 2015, após o recesso do Judiciário.

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