Missão impossível

Governo tenta se descolar do roubo na Petrobras ocorrido na era Lula-Dilma

Ministro acusa a oposição de 'tentar desestabilizar o governo' acossado por graves denúncias

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Em cumprimento a ordens expressas que recebeu da presidente Dilma Rousseff, com o objetivo de tentar descolar o governo do centro das suspeitas de favorecimento no rouba da Petrobrás, revelado pela Operação Lava Jato, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) convocou às pressas uma entrevista coletiva no escritório da Presidência em São Paulo para “repelir com veemência” o que chamou de tentativa “pouco democrática de desestabilizar o governo” pela oposição. Na verdade, o que desestabiliza o governo é o conjunto impressionante de revelações sobre corrupção na Petrobras, num esquema iniciado em 2006, durante o governo Lula, que se estendeu no governo atual

Cardoso confirmou haver conversado com Dilma, que está na Austrália participando da reunião do G20. “Ela está ciente do resultado. Ela transmitiu exatamente o que estou dizendo”. O ministro abriu a entrevista fazendo um balanço da Operação Lava Jato, cuja realização tomou conhecimento por meio do noticiário. Tanto assim que repetiu números que têm sido divulgados desde ontem: foram 49 mandatos de busca e apreensão executados “sem nenhum incidente”, 9 conduções coercitivas determinadas, sendo que 6 foram cumpridas. Das 6 prisões preventivas, 4 foram cumpridas. E 19 prisões temporárias, sendo que 15 cumpridas.

Aqueles não localizados são considerados foragidos. A Interpol será avisada.

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