Mensalão

Governo do DF admite que não investigou regalias de mensaleiros

Em documento à Justiça, governo do DF admite que ignorou denúncias

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O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), afirmou nesta sexta-feira, 7, que não há “ingerência política” na administração dos presídios do DF. Disse ainda que o sistema penitenciário sob sua jurisdição “tem plenas condições de custodiar quaisquer presos provisórios, como sentenciados, a exemplo dos condenados na Ação Penal nº 470”.

O ofício divulgado hoje, de duas páginas, é uma resposta a questionamentos feitos pelo juiz Bruno Ribeiro, da 6ª Vara de Execuções Penais, sobre supostos privilégios aos condenados no mensalão, especialmente os petistas Delúbio Soares e José Dirceu, correligionários de Agnelo.

O governador começa a resposta destacando que o juiz não exerce jurisdição sobre o governador do Distrito Federal. Responde ao questionamento do juiz sobre supostos privilégios aos condenados no mensalão pedindo que o magistrado informe a quais eventuais regalias se refere. Rebate a pergunta sobre qual medida está adotando para retomar o comando do sistema penitenciário dizendo que ele encontra-se “sob integral controle”.

Ao responder sobre se o DF tem condições de custodiar os condenados no mensalão, o governador afirma que o sistema penitenciário tem como receber estes e outros presos e tratá-los com “isonomia”. Nega ainda interferências políticas nos presídios.

“Por oportuno, impõe-se consignar a completa ausência de qualquer ingerência de natureza política na administração do sistema penitenciário do Distrito Federal, afigurando-se grave aleivosia afirmação despida de qualquer indício da prática de atos ilegais e ilegítimos, a merecer a devida apuração pelos órgãos correcionais competentes”, diz Agnelo. AE

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