Pretrolão

Costa diz que recebeu R$ 8 milhões da AG e da Estre Ambiental

Construtora Andrade Gutierrez teria pagado a maior parte da propina

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O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou em delação premiada que recebeu aproximadamente R$ 8 milhões em propina da empreiteira Andrade Gutierrez e da empresa Estre Ambiental, especializada em coleta e tratamento de lixo.

A Andrade Gutierrez seria a responsável pelo pagamento da maior parte, ?entre US$ 2 milhões a US$ 2,5 milhões?. A Estre teria pagado, segundo o ex-diretor, R$ 1,4 milhão.

Costa detalhou como era feita a divisão da propina. A maior fatia cabia ao PP e ao PMDB. O ex-executivo afirmou que ?60% eram para políticos?, 20% eram divididos entre ele e o operador do petrolão. O restante cobria eventuais custos do esquema.

Costa afirmou que o ex-presidente da área de Engenharia da Andrade Gutierrez Paulo Dalmaso era quem tratava dos pagamentos de suborno, diretamente com Fernando Baiano.

A empreiteira teria depositado, entre 2011 e 2013, US$ 4 milhões em uma conta em Lichtenstein, na Europa, para ficar à disposição do ex-diretor. Ainda de acordo com Costa, a Estre pagou R$ 1,4 milhão em propina, pois tinha interesse em prestar serviço para a Transpetro, transportando etanol entre os estados de Mato Grosso e São Paulo.

Paulo Roberto Costa disse que não acredita que o pagamento da Estre teve relação com o projeto que interessava à empresa. Para o ex-diretor, o valor foi dado a ele como “uma espécie de agrado” já que como membro do Conselho de Administração da Petrobras, sua ingerência nas licitações da Transpetro limitava-se a incluir empresas no certame e não tinha poderes para interferir na escolha do vencedor.

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