Fumacê finalmente volta a combater o mosquito da dengue no DF
Semanalmente serão divulgadas as regiões administrativas que vão receber o fumacê
O combate ao mosquito Aedes Aegypti por meio do uso de Ultra Baixo Volume, mais conhecido como fumacê, volta às ruas do Distrito Federal, conforme a determinação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
O mosquito Aedes Aegypti é transmissor do vírus da dengue, zika e chikungunya.
Na noite desta quarta-feira (29), conforme antecipou o Diário do Poder, Ibaneis havia determinado ao secretário de Saúde, Osnei Okumoto a reabertura do Núcleo de Controle Químico e Biológico (NUCQB), e nesta quinta-feira (30), os carros já saíram da base, em Taguatinga, rumo às regiões com maiores índices de infestações da dengue, Planaltina, Vale do Amanhecer, Jardim Roriz, Varjão, Fercal, Santa Maria e Samambaia.
A determinação de Ibaneis, que vai de encontro à determinação do Ministério Público do Trabalho (MT) que interditou o galpão, tem como base o número de casos de dengue que disparou no DF, com 21 pessoas mortas pela doença nos primeiros cinco meses deste ano.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Divino Varelo Martins informou que semanalmente serão divulgadas as regiões administrativas que vão receber o fumacê, tendo como prioridade as que possuem os maiores focos do mosquito.
Sendo assim, já foram definidos os itinerários para sexta-feira (31) e sábado (1). O fumacê será aplicado durante o amanhecer, no período das 5h às 7h e a partir do anoitecer, das 18h às 20h. “Faremos isso para compensar o tempo em que precisamos ficar sem a utilização do fumacê para atender às recomendações do Ministério Público do Trabalho”, afirmou Martins.
O galpão, base de UBV, passou por reformas, toda a parte elétrica foi trocada, assim como as luminárias e as divisórias, o local foi pintado e as bancadas de madeira foram substituídas por estruturas de inox.
Também houve alterações na forma de manejo do produto, que antes era feita manualmente e agora foi automatizada. “Colocamos bomba de recalque, que manda a mistura de veneno diretamente para o veículo, sem que haja o contato direto com o servidor e sem uso de galões”, conforme explicou o chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias, Maurício Gomes Fiorenza.
Todos os funcionários foram treinados e receberam certificado de manuseio de inseticidas, tiveram os exames periódicos atualizados e receberam os equipamentos de proteção individual (EPI).
O local havia sido interditado pelo MPT tendo como alegação de que o galpão não estava em conformidade com a legislação pertinente à segurança do trabalho, e que o manuseio dos venenos e a borrifação eram feitos por trabalhadores sem qualificação técnica comprovada.